quarta-feira, 19 de maio de 2010

Eu me flagrei pensando em você

em tudo o que eu queria te dizer...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Chocolate sem vontade

Cheguei em casa e corri para o papel.
E agora?
Não quero que haja segundas interpretações...

Ah, quer saber? Vou dizer o que quero dizer

Escrevi todo o carinho num pedaço de papel rasgado com umas frases de consolo.
No outro dia, comprei um chocolate para, junto ao bilhetinho, deixar na sua mesa e ver a sua reação.
Não assinei.

Queria ser anônima, mesmo sabendo que quando lesse, saberia que tinha sido eu.
Fiz um casulo no momento futuro. Queria ver sua surpresa, seu riso tímido, seu desconserto, queria intimidar tanto quanto me intimida.

Quando cheguei lá, corri para sua sala. Não estava.
"Ótimo, vou deixar aqui e, quando chegar, finjo que não fui eu"

- Não veio hoje - ela me disse - teve que ir em outro lugar.
-E, vai chegar à tarde?
- Não sei... acho que não.

Entristeci. E o riso tímido? E o desconserto? E a intimidação?
Como típica humana que sou, me apeguei a um resto de esperança que sobrou. "Ela disse que não sabia se ia chegar. Então, talvez..." 
Horas se passaram e nada da presença desejada.

O chocolate já derretia e o bilhete já não parecia fazer sentido nem ter valor.
Tive que comer o chocolate, ou ele derreteria totalmente. Foi o primeiro chocolate que comi na vida sem a mínima vontade. Foi uma coisa mais empurrada goela abaixo para esconder a frustração de não ter chegado a seu destino.
Nem tinha mais esperança alguma quando ouvi passos no corredor.
"Até parece!" Deixei para lá.

E então, vejo aquela pessoa inquieta vindo em direção à máquina de café. Não falei nada, nem mencionei o quanto esperei o dia inteiro para fazê-la feliz. Meus olhos, porém, não conseguiram disfarçar.

Me viu, me deu um beijo casual na testa e voltou para pegar o café já pronto da máquina. Voltou ao cansativo dia.

Os papéis se inverteram. Sem bilhetinho nem chocolate, me fez muito mais feliz do que pude imaginar. Felicidade clandestina.

-------------------------Bilhete---------------------------------------
There's nothing you can do that can't be done, nothing you can sing that can't be sung,nothing you can say, but you can learn how the play the game, it's easy!All you need is... CHOCOLATE! xD
Me ajudam nas minhas TPMs (beatles + chocolate)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

All I know

All I know
Love will save the day...

sábado, 8 de maio de 2010

Estamos com fome de amor

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!  
Arnaldo Jabor

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O incompreendido

Os olhos estão sempre atentos.
Sempre preso nos detalhes. Mas passa.
Depois de sulgar toda a informação possível de algo, perde logo o interesse e procura outra coisa. Por isso, está sempre a mexer-se; vira sempre a cabeça em outra direção em busca de novidades.
São largos passos engraçados, quase corridos, com o objetivo de procurar, olhar, se atualizar, gravar, e de novo procurar.

Suas interrupções são sempre para acrescentar, seja o assunto, seja a pessoa.
Deveras, é muito inteligente. É tão inteligente que às vezes incomoda.

Mas elas não querem ouvir. Ou, se forem obrigadas, por vezes, o ignoram.
Sim, existe um certo autismo, mas este não atrapalha na integridade da pessoa.

E, por pura falta de paciência, elas estão perdendo a oportunidade de conhecê-lo. Culpam sempre a doença. O problema não é com ele, é com elas.
Elas não o querem compreender. Ele só é incompreendido.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Pensando bem...

você me perguntou qual a impressão que eu tenho de você.
Eu acho você in.

- in-tenso
- in-timidante
- in-quieto
- in-crível

Todas as características com uma boa dose de extremidade.
E eu não tive coragem de te falar isso pessoalmente.
mas, você in-tende, né? xD