segunda-feira, 12 de abril de 2010

Rotina

E suspirava.
Ela, quase entediada, continuou.
- Eu quero você, baby. - E aumentou os suspiros. A apertava, a arranhava, a puxava para si. Sentia um prazer tão grande que doía.
Sem dúvida, seu manifesto de carinho a fez feliz. Ao menos, o tédio diminuiu e ficou até mesmo divertido.
As respirações se uniram num ritmo agitado, cada qual por seu motivo - ele, pelo movimento, ela, pelo sentimento - até que chegaram num estado de extase profundo.
Chegaram a tremer. Chegaram a gemer. Chegaram a suar.
O movimento acabou. Estavam exaustos.
O sentimento passou. Se abraçaram, mais por rotina do que por vontade.
É... está na hora de ir pra casa.

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