segunda-feira, 15 de junho de 2009

Os velhos tempos...

Hoje é tão normal ver um gurizinho de 7 anos com um "Sony Ericson 555F", celular com câmera imbutida, bluetooth, infravermelho, rádio, internet, msn, canal de tv, lanche da tarde... EU só fui ganhar um celular por pura necessidade aos 13, quase 14 anos de idade... Sendo que, o meu celular mais parecia uma arma, era um nokia de 45 metros preto, moderno - porque era sem flip (tsc.. risos). O ladrão, se quisesse roubar, se sentia até intimidado. Era capaz de querer me bater por andar com um negócio daquele. E o meu só ligava, recebia e mandava sms... Essa coisa de "mensagem multimídia" é muito tecnológica. E eu tinha o maior orgulho e cuidado porque eu finalmente estava apta a ter o poder concedido apenas aos grandes em minhas mãos: o celular! (ooohhhhh!)

Outro dia, no colégio vi um guri com um super-mega-ultra-hiper moderno celular. Pequeno, fininho, a coisa mais linda. O guri estava jogando tybia - porque no meu tempo era cobrinha, e olhe lá! - quando se distraiu com um passarinho, olhou para cima, começou a babar (sim, babar!) eeeee... TCHAN! TCHAN! TCHAN! O celular caiu no chão! A dor que senti deu foi tão grande que quase chorei. Ele, como se isso fosse normal, foi pegar o celular, mas não antes de se desequilibrar e dar um chute desajeitadamente no pobre aparelho... Totalmente menosprezou o triunfo de se ter o objeto de desejo de adolescente dos anos... meus anos, de todo o poder surreal que carregava aquele aparelhinho, o nosso "deus"!

Sinceramente, para quê uma criança de 7 anos precisa de um celular? Tudo bem, os tempos mudaram, o mundo está perigoso, blábláblá, mas um celular com 7 anos?

Fala séguio, viu? No meu tempo não era assim não...

Soneto do Amor total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.



Rio de Janeiro, 1951
Vinícius de Morais

domingo, 14 de junho de 2009

Y yo sé que talvéz...


Quien dice que no duelen
Las huellas en la arena
A ella el mar se la llevo
Pero la luna sigue ahi
Pero esa luna es mi condena
Despacio en la mañana
Agitos por la noche
Las voces vivas del recuerdo
Se disfrazan de intuición
Y en una voz tu voz se esconde
Y yo sé que tal vez
Tu nunca escuches mi cancion, yo se
Y yo sé que tal vez
Te siga usando asi
Robándote en mi inspiración
Mientras siga viendo tu cara en la cara de la luna
Mientras siga escuchando tu voz
Entre las olas, entre la espuma
Mientras tenga que cambiar la radio de estacion
Porque cada cancion me hable de ti
La vida se me esconde
Detras de una promesa sin cumplir
De donde nace alguna inspiración, de donde nace otra canción
Y ya no se bien quien se esconde
Yo ya no se lo que se esconde
Y yo se que tal vez
Tu nunca escuches mi canción, yo sé
Y yo sé que tal vez
Te siga usando a ti
Robándote en mi inspiración
Mientras siga viendo tu cara en la cara de la luna
Mientras siga escuchando tu voz
Entre las olas, entre la espuma
Mientras tenga que cambiar la radio de estacion
Porque cada cancion me hable de ti

Foi realmente o melhor ano das nossas vidas...
Nunca me senti tão feliz,
tão completa,
tão livre!

Todo dia era dia e tudo era em nome do amor!

Não nos importávamos para onde íamos, apenas íamos e descobríamos! Sempre valia a pena! Com vocês, sempre valeu.

Vocês são uma parte de mim que mato todo dia nessa incansável rotina e ressussito todo dia na minha alma.


"Und alles nur weil ich euch liebe und ich nicht weiß wie ichs beweisen soll
Komm, ich zeig ihr wie groß meine Liebe ist und bringe mich für euch um!''

Amo vocês além do amor.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Quero-te

Quero um por do sol nos teus versos
Quero um violão no teu colo
Eu quero que cantes na minha boca

Eu te quero nos meus sonhos
Eu te quero nos meus dias
Eu te quero no meu abraço
no meu pensar
no meu perigo
no meu olhar

Quero tua nuca na minha mão
Quero meus lábios nos teus
Quero teu pensamento em mim...

Quero-te...

E
tu,
ainda
quer-
me?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O problema do pagode

Sabe qual o problema do pagode? É que a maioria das músicas são baixo-astrais! Ah, fala sério! E as pessoas se prezam ao trabalho de promover isso!

Ai ai ai!
Oh por acaso você tá com dor?
Fica gritando quando a gente faz amor
Mas não importa a maneira ou posição,
quanto mais você gritar, mais aumenta o meu tesão!

Muito romântica, até me emocionei... Se quer fazer uma música que fala de desejo, de sexo, não precisa apelar! Antes que você, amante do pagode, fale que é só essa, não se esqueça daquela outra:

Vo te levar pro dique
Vo te fazer mulher
vo te botar na lagoa
fazer o que você quer

Ih bota a isca no anzol
bem divagarinho
agora tome tome tome
tome com jeitinho

Toma vara, toma vara
pra pegar peixinho

E tantas outras que não valem nem a pena lembrar. Totalmente desnecessário! Sinceramente... Tudo bem que o pagode é uma questão cultural, que faz parte de um povo, que é questão de gosto... Mas gosto é que nem braço, tem gente que não tem! (risos)

Brincadeiras a parte, não critico o ritmo, mas sim a letra. Me sinto até violentada, me sinto suja ao ouvir isso...

Se o objetivo é fazer uma música que expresse desejo, não precisa ser pornográfico, não precisa ser vulgar. Sim, é possível falar de sexo sem ser vulgar, viu senhores compositores de pagode?
Um exemplo? Com prazer (risos)!

Tô com saudade de você debaixo do meu cobertor
De te arrancar suspiros, fazer amor
Tô com saudade de você, na varanda em noite quente
e o arrepio frio que dá na gente

Dou até dois exemplos:

Meu bem você me dá água na boca
Vestindo fantasias, tirando a roupa
Molhada de suor de tanto a gente se beijar
De tanto imaginar loucuras
A gente faz amor por telepatia
No chão, no mar, na lua, na melodia
Mania de você, de tanto a gente se beijar
De tanto imaginar loucuras
Nada melhor do que não fazer nada
Só pra deitar e rolar com você
Nada melhor do que não fazer nada
Só pra deitar e rolar com você


Isso sim é desejo, é gostoso de sentir, de ouvir.
E nada de vara pra pegar nenhum peixinho!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Raiva de Morais!

Tenho raiva de Morais.

Muita raiva amoral.

Mergulho em seus diversos versos amorais,

outros amorosos, alguns até morais.

Os únicos que prestam, os realmente bons tem valores Morais. Todos eles me faz bem, todos eles amo bem, todos eles.

Poderia ler até não parar mais. Amores amorais, meu querido Morais. Você me faz me ousar, você me faz versar!

O único que sabe expressar o desejo sem ser pornográfico. Desejo, apenas genuíno desejo... Te desejo, Morais!

Como você consegue ser tão perfeito? AAhh, que raiva de Morais!




A mulher que passa

Meu Deus, eu quero a mulher que passa.
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!

Oh! como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!

Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pêlos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me encontrava se te perdias?

Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida?
Para o que sofro não ser desgraça?

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!

No santo nome do teu martírio
Do teu martírio que nunca cessa
Meu Deus, eu quero, quero depressa
A minha amada mulher que passa!

Que fica e passa, que pacifica
Que é tanto pura como devassa
Que bóia leve como a cortiça
E tem raízes como a fumaça.

Rio de Janeiro, 1938
Vinícius de Morais

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Forbidden


I know, i know... But... i want it!
You know, you know... and you still tempts me...
I feel silly, i feel stupid, i feel wrong,
and i want to move on,
but you keep me there,
wishing...
you keep me there
dreaming...

I know it's forbidden, but i almost need it...




"and I am here
work with so many things
suddenly appears you
and do its magic
through songs, letters and poetry
I show you a new
birth of the sun, awaken
perhaps a new one.
suddenly appears you
and do its magic
So I take it
It makes me believe again
It makes me see the simple things
even if it may
be just appearence
I believe in you
for while
for now
during the time
that is its magic"


it may not be
poetry or
music,
but it's indeed special...