domingo, 12 de setembro de 2010

A despedida

Estavam conversando havia horas e aquela vontade desconcertante pairava no ar. Aquela vontade já existia há muito tempo, mas ela era muito covarde para assumir.


O telefone tocou e a outra disse:
- Então, vou ter que ir. Te vejo amanhã, na escola?
- Umhum.- ela respondeu com as mãos inquietas querendo tocar sem tocar.


Ficaram paradas olhando para o chão. Não queriam se despedir. Amanhã estava muito longe.
Biii! Bii!
O carro tinha chegado.
- Tá, então, tchau.
Foram se despedir com os dois beijinhos na boxexa, mas, logo no primeiro, se atrapalharam e seus lábios se tocaram.

Se afastaram imdeiatamente com o susto. Se encararam incrédulas por menos de dois segundos e cada uma virou numa direção, completamente confusas e com faces rubras queimando de vergonha.

Ela entrou no elevador do prédio ainda pensando no tão longo e inesperado instante. Sorriu. Tinha o sol em seu peito.

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