É um tanto paradoxal, levemente hipócrita, com uma certa dose de egoísmo.
Ela critica tanto ele por amar desesperadamente. Mas os olhos dela revelam que é ela quem desesperadamente quer amar.
E que não consegue.
sábado, 24 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Papo de mãe e filha
- Mas eu amo tanto, que chega dói.
- E não acaba não?
- Passa.
- E quando passa?
- Resta admiração.
- E não acaba não?
- Passa.
- E quando passa?
- Resta admiração.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
A mosca
Não foi só o que eles disseram. Eles, sem dúvida, colocaram uma mosca na minha mente que zanzeia e não se cala quando olho pra ele. Parece que, a medida que me aproximo, mais a mosca voa, bate as asas sem parar; aí começa aquele barulho insuportável que, às vezes, chego a acreditar que ela conseguiu se reproduzir e fazer com que suas parentes a ajudassem a apertar o meu juízo.
Eca. Mosca suja, chata, insuportável! Bato as mãos na cabeça pra ver se ela (ou elas) para com aquela confusão! De vez em quando ela me engana, finge que não está lá - ou quem sabe, decidiu tirar uma soneca.
Mas é só olhar pra ele que ela logo fica disposta e começa a pirraça.
Outro dia, pensei que a mosca estava zanzando na minha cabeça de novo, apertei o olho e, quando fui gritar, percebi que ela estava ali, do outro lado da porta.
É... não foi só o que eles disseram. Mas, o que eles disseram, de uma forma bizarra e mutante, se materializou.
O último poema
Me perguntou se havia mais um.
Não. O interesse acabou.
Mas, já que pediu, aí vai: crieiimagineiproveitesteiNãogosteidesvieiinventeifugiesaí para nunca mais voltar, ou tocar no assunto.
Adeus.
Não. O interesse acabou.
Mas, já que pediu, aí vai: crieiimagineiproveitesteiNãogosteidesvieiinventeifugiesaí para nunca mais voltar, ou tocar no assunto.
Adeus.
domingo, 28 de julho de 2013
So far
Eu não quero que você me faça homenagens públicas. Nem que você poste coisas no facebook. Ou que você mande entregar flores no meu trabalho.
Eu só quero que você saia desse sofá e venha me dar um beijo.
Eu só quero que você saia desse sofá e venha me dar um beijo.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
terça-feira, 4 de junho de 2013
Antídoto
Quero te ver contorcer, sofrer, chorar, gritar, perder os sentidos.
Quero soltar meu veneno, e que seja tóxico, quase mortífero, mas não fatal.
A parte boa é a agonia, os olhos revirados, a boca seca, o grito inaudível de dor.
E que a dor seja profunda, rasgue, arranhe, sangre, fira, deixe até cicatriz.
Quero te ouvir suplicar pelo antídoto.
E que o antídoto seja eu.
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